domingo, 10 de julho de 2011

Sociedade Civil e Igualdade Entre os Sexos


A Sociedade Civil é o conjunto de organizações e instituições cívicas voluntárias que formam a base de uma sociedade participativa, por oposição às estruturas estatais e empresariais. Podemos incluir neste conjunto as associações profissionais, sociais, desportivas; as cooperativas; as corporações; os grupos ambientalistas; as associações humanitárias; os grupos de defesa dos Direitos do Consumidor; os grupos religiosos; os partidos políticos, entre muitos outros.

São exemplos de organismos da Sociedade Civil a AMI (Assistência Médica Internacional), a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), A Laço, A Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, A Liga Portuguesa Contra o cancro ou a Sociedade de S. Vicente de Paulo.

Apesar da importância e da participação crescente da mulher na vida do País, o certo é que persistem desigualdades entre homens e mulheres, e que o peso de algumas tende até a aumentar.

Em Portugal, é reconhecido o direito de voto às mulheres em 1931, mas desde que possuíssem formação secundária ou superior. Aos homens era apenas exigido que soubessem ler e escrever. As mulheres foram admitidas em governos pela primeira vez em 1927, na Áustria. Em Portugal, tal só aconteceu em 1976.

A média europeia da percentagem de mulheres nos Parlamentos é de 18,4%. A média Mundial é de 16,4. Em Portugal essa percentagem é de 26,5%. Em França é de 12,2%.

Mas a igualdade de direitos não é apenas política. Em outras áreas o estatuto de inferioridade das mulheres é, ainda hoje, uma realidade. No séc. XXI, embora as sociedades ocidentais reconheçam a igualdade de direitos de homens e mulheres, a verdade é que estes mesmos direitos continuam a ser sistematicamente violados.

Os dados dos quadros de pessoal tratados e divulgados pelo novamente chamado Ministério do Trabalho, mostram que quanto mais elevado é o nível de escolaridade da mulher maior é a desigualdade das remunerações entre homens e mulheres. Por exemplo, em 2002 (e este é o ultimo ano em que existem dados disponíveis) para o nível de escolaridade mais baixo - "Inferior ao Ensino Básico" - o ganho médio mensal das mulheres, que inclui tudo o que recebe, correspondia a 80,8% do ganho médio mensal dos homens, enquanto em relação ao nível de escolaridade mais elevado - "Licenciatura" - o ganho médio mensal das mulheres correspondia apenas a 66,7% do ganho médio dos homens (quadro II).

Os mesmos dados dos quadros de pessoal das empresas também revelam que quanto mais elevado é o nível de qualificação das mulheres maior é a desigualdade de ganhos (remunerações) entre homens e mulheres. Assim, em 2002, o ganho médio mensal das mulheres do grupo "Praticantes e Aprendizes" (o nível de qualificação mais baixo) correspondia a 94,1% do ganho médio mensal dos homens do mesmo grupo, enquanto o ganho médio mensal das mulheres do grupo "Quadros Superiores" (o nível de qualificação mais elevado) correspondia apenas a 70% do ganho médio mensal dos homens do mesmo grupo de qualificação.

O nível de escolaridade e de qualificação das mulheres vai continuar a aumentar rapidamente (basta lembrar que actualmente em cada 100 licenciados que saem anualmente das universidades portuguesas 65 já são mulheres), por isso, muitas mais mulheres alcançarão níveis elevados de escolaridade e de qualificação.
Se as desigualdades entre homens e mulheres que se verificam actualmente a nível de ganhos (remunerações) nos níveis mais elevados de escolaridade e de qualificação se mantiverem, então a desigualdade de remunerações entre homens e mulheres tenderá a aumentar em termos nacionais porque uma maior percentagem de mulheres será afectada por ela. E isso constituirá certamente um obstáculo sério ao desenvolvimento do País, na medida em que impede a utilização plena das capacidades da maioria da população e gera naturalmente sentimentos de grave injustiça social e económica.

Mas não é apenas nos campos anteriores que as desigualdades entre homens e mulheres continuam a ser grandes. O mesmo sucede no acesso ao emprego. Em Janeiro de 2005, o número de mulheres desempregadas inscritas nos Centros de Emprego com o 1º ciclo era superior ao número de homens inscritos nos Centros de Emprego com igual nível de escolaridade em 12,3%; na mesma data o número de mulheres inscritas nos mesmos Centros com o ensino superior era mais elevado do que número de homens com o mesmo nível de escolaridade inscritos nos Centros de Emprego em 92%.

Ver aqui

A APAV é um exemplo, entre outras associações, de apoio à vítima de violência doméstica. Também as associações de apoio às crianças podem ser a chave para resolver o problema porque é nas crianças que se pode mais facilmente mudar a mentalidade no que diz respeito à discriminação entre homens e mulheres.

Pessoalmente posso contribuir para atenuar a desigualdade entre homens e mulheres ajudando quem precisa independentemente de ser homem ou mulher de acordo com as minhas possibilidades sem esperar nada em troca. Por exemplo já me aconteceu ajudar uma senhora que não podia ter água na sua cozinha porque tinha um cano roto e não tinha dinheiro para pagar a um canalizador. Eu, como bom samaritano, fui a casa da senhora, reparei o cano e não cobrei nada por isso.

Felizmente, Portugal desenvolveu uma intervenção mais eficaz contra a violência doméstica nos últimos 10 anos fazendo passar muita propaganda na televisão, nas rádios e em cartazes. Distante está o tempo em que esta simples designação suscitava na sociedade portuguesa alguma estranheza. Hoje quase todas as pessoas têm uma percepção real do problema. Para mim a igualdade entre homem e mulher deveria ser trabalhada nas escolas primárias porque é de pequenino que se torce o pepino.

O meu contributo é dado em casa, ajudando a minha esposa na lida da casa. Como ela também trabalha fora de casa, o direito é igual para os dois.

sexta-feira, 8 de julho de 2011



A história de um imigrante na Suíça

Saí de Portugal nos fins dos anos 70, porque em Portugal não se ganhava dinheiro para nada e eu queria comprar uma casa. Foi esse o motivo da minha saída de Portugal. Desloquei-me para a Suíça, fiz a viagem de carro e levei três dias a fazer a viagem, o que é bastante cansativo.
Em primeiro lugar custou-me bastante a adaptação à temperatura porque não estava habituado a temperaturas tão baixas (perto dos 40º negativos); depois a questão da língua pois estava no cantão alemão e a fala era muito difícil, mas com a ajuda dos portugueses que lá estavam fui aprendendo a falar e a escrever também.

Tive a sorte de ficar a trabalhar num hotel nas montanhas dos Alpes suíços, onde se trabalhava 12 horas por dia e só um dia de descanso, mas a trabalhar no hotel sempre se dava para pôr algum dinheiro de parte porque apenas tinha de comprar a comida para o dia de folga e muitas vezes o patrão do hotel mandava comida aos nossos quartos. Estive neste hotel perto de 3 anos como lavador de loiça, ajudante de cozinha e a fazer manutenção aos quartos. Mais tarde tive que sair porque não aguentava o frio mas fiquei com muita pena de sair.

Depois fui para uma fábrica de vidros duplos, onde estive 5 anos. Como era mais perto de Genebra o clima era um pouco mais quente dentro do que é o clima habitual da suíça. O motivo da minha saída dessa fábrica foi a desavença com um encarregado que queria que eu trabalhasse para além das 10 horas que fazia por dia e eu considerei que não tinha que fazer mais. Fui depois para um hotel em genebra onde só trabalhava 8 horas por dia e tinha 2 dias de descanso, onde era ajudante de cozinha. Estive neste hotel perto de 4 anos e como já tinha o que queria voltei para Portugal.

Apesar de ter sido uma vida de luta valeu a pena porque em 12 anos que estive na suíça comprei uma casa em Portugal, tenho pensão por invalidez de eles me deram e ainda trouxe dinheiro para montar a minha oficina. Aquilo tinha regalias que em mais nenhum país se pode ter.
Quando comprei a casa pedi dinheiro emprestado a um banco local. Eles apenas perguntaram a quantia, que indiquei, e passados dois dias já tinha o dinheiro à minha disposição e para pagar o que pedi demorei apenas perto de 5 anos a pagar e eles ainda me disseram se não queria fazer outro empréstimo.


Sempre fui uma pessoa simples, sem grandes objectivos de vida, sempre pronto a ajudar o próximo, ainda hoje sou assim, mas fez com que eu conseguisse ter uma forma de comparação entre a política aplicada naquele pais e a política do meu país. Passei a perceber que podia ouvir as reclamações das pessoas pelas condições de trabalho e de vida do meu país e as condições que eu tinha num país diferente, pois fez-me perceber que só com muito trabalho é que se consegue alguma coisa na vida. Posso dizer que trabalhei muito, fiz muitos sacrifícios, privei-me de muita coisa mas valeu o esforço, hoje levo a minha vida em paz. Em Portugal sempre se auferiu de vencimentos baixos, assim resolvi o meu problema e o da família em meia dúzia de anos e sei que posso andar descansado.



A LÍNGUA PORTUGUESA


O PORTUGUÊS é a língua que os portugueses, os brasileiros, muitos africanos e alguns asiáticos aprendem no berço, reconhecem como património nacional e utilizam como instrumento de comunicação, quer dentro da sua comunidade, quer no relacionamento com as outras comunidades falantes de português.Esta língua não dispõe de um território contínuo (mas de vastos territórios separados, em vários continentes) e não é privativa de uma comunidade (mas é sentida como sua, por igual, em comunidades distanciadas). Por isso, apresenta grande diversidade interna, consoante as regiões e os grupos que a usam. Mas, também por isso, é uma das principais línguas internacionais do mundo.É possível ter percepções diferentes quanto à unidade ou diversidade internas do português, conforme a perspectiva do observador.Quem se concentrar na língua dos escritores e da escola, colherá uma sensação de unidade.Quem comparar a língua falada de duas regiões (dialectos) ou grupos sociais (sociolectos) não escapará a uma sensação de diversidade, até mesmo de divisão.

Porque se fala português em tanto mundo?
A língua portuguesa foi transportada para os territórios colonizados durante a expansão extra-europeia, sendo um dos principais instrumentos desse processo.Quando a expansão começou no início do séc. XV, a língua acabava de sair de uma outra fase de expansão territorial, que a transportara até ao Algarve desde o seu berço: as terras galegas e nortenhas.O português é uma língua nascida no norte e que cresceu para sul. Tal como aconteceu com o castelhano e com o francês, começou por ser um conjunto de dialectos provinciais (galaico-portugueses), passou a língua de uma nação e depois a veículo de um império.
As origens do romance galaico-português
Depois das invasões germânicas (que no séc. V chegaram à Península Ibérica), a Europa fragmentou-se politicamente, sendo o ano de 476 o marco que assinala a queda do Império Romano do Ocidente. A diferenciação do latim vulgar, que já era uma realidade linguística na época da unidade política, acentua-se cada vez mais. Pensa-se que por volta do ano 600 o latim vulgar não fosse falado em nenhuma região do Império. Por essa época falar-se-iam novas línguas na Gália, na Ibéria, na Récia, na Itália, na Dalmácia e na Dácia: eram os romances. Um romance é uma língua medieval resultante da evolução do latim numa antiga província do Império Romano.A autonomização de um romance galego-português a partir do séc. VII na antiga província Gallaecia et Asturica (Galiza, norte de Portugal, ocidente de Astúrias) é denunciada por dois fenómenos de mudança fonética que afectam o seu léxico.
Este segundo fenómeno terá ocorrido durante a permanência árabe, logo no seu início. Ele aparece pela primeira vez atestado no séc. IX e no séc. X.Quando se iniciou a Reconquista cristã, promovida no ocidente peninsular pela monarquia asturiana a partir do séc. IX, já se falaria no canto noroeste da Península Ibérica o romance galego-português.
O português europeu
Não se sabe exactamente em que medida o português europeu terá sido influenciado, na sua evolução, pelo fenómeno da expansão ultramarina (para além dos vocabulários exóticos acolheu um número considerável de arabismos, por contactos no Oriente e no norte de África). Prossegue o movimento de regularização das estruturas gramaticais que vinha do português medieval, a língua da corte (entenda-se: de Lisboa) é apresentada pelos gramáticos como padrão linguístico, a língua de grandes escritores (Camões, p. ex.) adquire uma projecção exemplar, o léxico enriquece-se com importações do latim e do grego, vindas directamente ou através do castelhano.No plano oral, os dialectos desenham um mapa muito semelhante ao moderno: dialectos mais diferenciados e conservadores a norte das Beiras, mais nivelados no sul do país e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Enquanto no norte se mantém o sistema das quatro sibilantes, prevalece no sul (e na pronúncia padrão) o sistema simplificado de duas sibilantes predorsais; esta oposição é reforçada por algumas diferenças de comportamento a nível do vocalismo.O som do português europeu não sofreu, depois disto, alterações significativas, para lá de uma tendência, que talvez não seja tão moderna como parece, para articular fracamente as vogais átonas, o que tem efeitos sobre a estrutura das sílabas e o remate dos vocábulos.
http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/gramhist/index.html

Português no Mundo

Actualmente, o português é língua oficial de oito países (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste). Apesar da incorporação de vocábulos nativos e de modificações gramaticais e de pronúncias próprias de cada país, as línguas mantêm uma unidade com o português de Portugal.
O português também é falado em pequenas comunidades, reflexão de povoamentos portugueses datados do século XVI, como é o caso de:
Zanzibar (na Tanzânia, costa oriental da África)
Macau (ex-possessão portuguesa encravada na China)
Goa, Diu, Damão (na Índia)
Malaca (na Malásia)
A Língua Portuguesa se faz presente em todos os continentes, observe:
América: O Brasil é o único país de língua portuguesa na América. Durante o período colonial, o português falado no Brasil foi influenciado pelas línguas indígenas, africanas e de imigrantes europeus. Isso explica as diferenças regionais na pronúncia e no vocabulário verificadas, por exemplo, no nordeste e no sul do país. Apesar disso, a língua conserva a uniformidade gramatical em todo o território.
Europa: O português é a língua oficial de Portugal. Em 1986, o país passa a integrar a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a língua portuguesa é adoptada como um dos idiomas oficiais da organização. Existem falantes concentrados na França, Alemanha, Bélgica, em Luxemburgo e na Suécia, sendo a França o país com mais falantes.
Ásia: Entre os séculos XVI e XVIII, o português actuou como língua franca nos portos da Índia e sudeste da Ásia. Actualmente, a cidade de Goa, na Índia, é o único lugar do continente onde o português sobrevive na sua forma original. Entretanto, o idioma está sendo gradualmente substituído pelo inglês. Em Damão e Diu (Índia), Java (Indonésia), Macau (ex-território português), Sri Lanka e Malaca (Malásia) fala-se o crioulo, língua que conserva o vocabulário do português, mas a dota formas gramaticais diferentes.
Oceânia: O português é idioma oficial no Timor Leste. No entanto, a língua dominante no país é o tétum. Devido à recente ocupação indonésia, grande parte da população compreende o indonésio bahasa, apenas uma minoria compreende o português.
África: O português é a língua oficial de cinco países, sendo usado na administração, no ensino, na imprensa e nas relações internacionais. A língua convive com diversos dialectos crioulos.
Em Angola, 60% dos moradores falam o português como língua materna. Cerca de 40% da população fala dialectos crioulos como o bacongo, o quimbundo, o ovibundo e o chacue.
Em Cabo Verde, quase todos os habitantes falam o português e um dialecto crioulo, que mescla o português arcaico a línguas africanas. Há duas variedades desse dialecto, a de Barlavento e a de Sotavento.
Em Guiné-Bissau, 90% da população fala o dialecto crioulo ou dialectos africanos, enquanto apenas 10% utiliza o português.
Em Moçambique, somente 0,18% da população considera o português como língua oficial, embora seja falado por mais de 2 milhões de moçambicanos. A maioria dos habitantes usa línguas locais, principalmente as do grupo banto.
Nas ilhas de São Tomé e Príncipe, apenas 2,5% dos habitantes falam a língua portuguesa. A maioria utiliza dialectos locais, como o forro e o moncó


http://www.soportugues.com.br/secoes/portuguesMundo.php

Português brasileiro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Português brasileiro ou português do Brasil (abreviado como pt-BR) é o termo utilizado para classificar a variedade da língua portuguesa falada pelos mais de 190 milhões de brasileiros que vivem dentro e fora do Brasil. O enorme contingente populacional do Brasil, quando comparado com os demais países lusófonos, implica que o português brasileiro seja a variante do português mais falada, lida e escrita do mundo.
Devido à importância do Brasil no
Mercosul e na UNASUL, esta variante vem sendo ensinada nos países da América do Sul ligados aos blocos (e é popular especialmente na Argentina e Uruguai), e nos Estados Unidos[carece de fontes]. Também há falantes de português brasileiro como língua materna nos países onde há grandes comunidades brasileiras, notadamente nos Estados Unidos, Paraguai, Japão e em diversos países da Europa.
De fato, trata-se da variante da língua portuguesa mais estudada no mundo, para aprendizado como segunda língua[
carece de fontes]. A excepção a isso é a União Europeia, devido ao fato de Portugal pertencer ao bloco. No Japão, nos Estados Unidos, e, sobretudo, na América Latina, ensina-se a variante brasileira para estudantes estrangeiros da língua portuguesa [carece de fontes]. Até mesmo a FIFA (Associação das Federações Internacionais de Futebol) adoptou a variante brasileira da língua portuguesa em seu sítio oficial.
Antes da chegada de
Pedro Álvares Cabral ao Brasil havia mais de mil línguas no território que coincide com o actual país [carece de fontes] faladas por indígenas americanos de diversas etnias. No decorrer de sua história, o português brasileiro incorporou empréstimos de termos não só das línguas indígenas americanas e africanas, mas também do francês, do castelhano, do italiano e do inglês.
Há várias diferenças entre o
português europeu e o português brasileiro, especialmente no vocabulário, pronúncia e sintaxe, principalmente nas variedades vernáculas; nos textos formais as diferenças são bem menores. Vale ressaltar que dentro daquilo a que se convencionou chamar "português do Brasil" e "português europeu" há um grande número de variações regionais.
Outrossim, o estabelecimento do
Acordo Ortográfico de 1990, já em vigor no Brasil desde 1 de Janeiro de 2009, visa a unificar a grafia das duas variantes da língua portuguesa, criando uma ortografia comum para língua portuguesa, dirimindo 98% das divergências ortográficas entre o português brasileiro e o português euro-africano e asiático.
Grosso modo, as diferenças entre a língua escrita formal de Portugal e do Brasil, são comparáveis às diferenças encontradas entre as normas cultas do inglês americano e inglês britânico.
Desde 1945, existem duas normas ortográficas para o português: uma em vigor no Brasil e outra nos restantes países lusófonos. A maior parte das diferenças diz respeito às consoantes "mudas", que foram eliminadas da escrita no Brasil. Por exemplo, as palavras ação e atual, que em Portugal são grafadas acção e actual, mas ditas como no PB.
Português europeu
Português brasileiro
acção
ação
baptismo
batismo
contacto
contato
direcção
direção
eléctrico
elétrico
óptimo
ótimo

Reflexão Pessoal

O facto de 250 milhões falarem português

As vantagens

O domínio da língua portuguesa deve ser visto como uma “vantagem comparativa” num mundo onde o inglês se tornou uma espécie de exigência básica
A língua portuguesa é pátria de várias pátrias. A afirmação tem tudo menos de retórico. Basta circularmos, basta ir ao encontro de quem fala português, dos países irmãos e das comunidades que têm o português como língua, para percebermos que há uma pátria plural, uma encruzilhada de afinidades electivas, que enriquece o que somos originalmente. E nessa pátria plural deve existir um patriotismo aberto, que desejamos livre dos saudosismos retrospectivos ou dos paternalismos inconsequentes. Na Europa, os portugueses recebem mil influências, de povos nómadas (nómadas para os irmãos portugueses) e conquistadores, que por aqui foram passando. Depois, no encontro com outras gentes e outros territórios, tornamos essa mistura mais intensa e complexa.Quanto mais se falar português mais mercados se abrem porque assim as empresas têm milhões de consumidores que podem comprar produtos “que falam português”, ou seja, que se enquadram no seu domínio cultural. Basta pensar em livros, programas de computador, jornais e mesmo em produtos alimentares.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Plano para a integração dos imigrantes

ACTIVIDADE
1. De acordo com o texto, por que razão atribui o Governo tanta importância à inclusão dos imigrantes?

Por um lado, o texto demonstra um importante contributo da comunidade imigrante face aos problemas demográficos em Portugal; por outro apresenta a imigração como um factor positivo para o crescimento económico, para a sustentabilidade da segurança social e para o enriquecimento cultural do país.


2. Seleccione um princípio orientador para a inclusão que seja particularmente difícil de colocar em prática. Explique porquê.

Acesso à educação

Sabe-se muito bem que o acesso a educação não é igual entre os portugueses. Como se pode dar uma coisa a um imigrante se até entre nós não temos igualdade no acesso à educação? Um rico tem logo acesso às melhores escolas enquanto o português mais pobre tem sempre muita dificuldade para entrar numa universidade por falta de apoio.

3. Seleccione a prática discriminatória contra imigrantes que, na sua opinião, é mais frequente em Portugal. Tente encontrar razões que justifiquem essa prática.

A recusa ou condicionamento de venda, arrendamento ou subarrendamento de imóveis

Quando um senhorio tem uma casa para alugar e sabe que são estrangeiros, ele ou aumenta a renda ou não aluga a casa. E quando se trata do empréstimo de dinheiro por parte de um banco estes recusam muitas vezes quando se trata de imigrantes.