Vou falar de uma capela que me marcou muito em criança, por volta dos meus 10 anos: a Capela dos Ossos de Évora. Conheci-a numa visita de estudo organizada pela Escola Primária 44 do Bairro de Santos ao Rego.
A Capela está toda revestida com ossadas humanas desde o chão até ao tecto e tem na entrada uma frase que ainda hoje recordo: nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos.
É uma capela pequena em área coberta, mas assim que entrei senti logo um arrepio pela espinha abaixo. Esse arrepio ainda dura até hoje sempre que falo na capela.
A outra coisa que ainda recordo é o seu altar todo revestido com as mesmas ossadas como tudo o resto. Pode-se ver ossadas de homens e crianças, sendo que as mais abundantes são crânios, como demonstra a fotografia abaixo.
Espero voltar para ver a capela porque agora já sou mais velho e já entendo mais sobre a vida e a morte.
Para fazer este trabalho fiz pesquisas na internet onde fui encontrar mais duas capelas idênticas e do mesmo período que esta, informação que desconhecia.
Mas sem sombra de dúvidas que a de Évora é a mais bonita dentro do seu género
História da capela
A Capela dos Ossos é um dos mais conhecidos monumentos de Évora, em Portugal. Está situada na Igreja de São Francisco. Foi construída no século XVII por iniciativa de três monges que, dentro do espírito da altura (contra-reforma religiosa, de acordo com as normativas do Concílio de Trento), pretenderam transmitir a mensagem da transitoriedade da vida, tal como se depreende do célebre aviso à entrada: "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos". A capela, construída no local do primitivo dormitório fradesco é formada por 3 naves de 18,70m de comprimento e 11m de largura, entrando a luz por três pequenas frestas do lado esquerdo.
As suas paredes e os oito pilares estão "decorados" com ossos e caveiras ligados por cimento pardo. As abóbadas são de tijolo rebocado a branco, pintadas com motivos alegóricos à morte. É um monumento de uma arquitectura penitencial de arcarias ornamentadas com filas de caveiras, cornijas e naves brancas. Foi calculado à volta de 5000, provenientes dos cemitérios, situados em igrejas e conventos da cidade. A capela era dedicada ao Senhor dos Passos, imagem conhecida na cidade como Senhor Jesus da Casa dos Ossos, que impressiona pela expressividade com que representa o sofrimento de Cristo, na sua caminhada com a cruz até ao calvário.
A Capela está toda revestida com ossadas humanas desde o chão até ao tecto e tem na entrada uma frase que ainda hoje recordo: nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos.
É uma capela pequena em área coberta, mas assim que entrei senti logo um arrepio pela espinha abaixo. Esse arrepio ainda dura até hoje sempre que falo na capela.
A outra coisa que ainda recordo é o seu altar todo revestido com as mesmas ossadas como tudo o resto. Pode-se ver ossadas de homens e crianças, sendo que as mais abundantes são crânios, como demonstra a fotografia abaixo.
Espero voltar para ver a capela porque agora já sou mais velho e já entendo mais sobre a vida e a morte.
Para fazer este trabalho fiz pesquisas na internet onde fui encontrar mais duas capelas idênticas e do mesmo período que esta, informação que desconhecia.
Mas sem sombra de dúvidas que a de Évora é a mais bonita dentro do seu género
História da capela
A Capela dos Ossos é um dos mais conhecidos monumentos de Évora, em Portugal. Está situada na Igreja de São Francisco. Foi construída no século XVII por iniciativa de três monges que, dentro do espírito da altura (contra-reforma religiosa, de acordo com as normativas do Concílio de Trento), pretenderam transmitir a mensagem da transitoriedade da vida, tal como se depreende do célebre aviso à entrada: "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos". A capela, construída no local do primitivo dormitório fradesco é formada por 3 naves de 18,70m de comprimento e 11m de largura, entrando a luz por três pequenas frestas do lado esquerdo.
As suas paredes e os oito pilares estão "decorados" com ossos e caveiras ligados por cimento pardo. As abóbadas são de tijolo rebocado a branco, pintadas com motivos alegóricos à morte. É um monumento de uma arquitectura penitencial de arcarias ornamentadas com filas de caveiras, cornijas e naves brancas. Foi calculado à volta de 5000, provenientes dos cemitérios, situados em igrejas e conventos da cidade. A capela era dedicada ao Senhor dos Passos, imagem conhecida na cidade como Senhor Jesus da Casa dos Ossos, que impressiona pela expressividade com que representa o sofrimento de Cristo, na sua caminhada com a cruz até ao calvário.
A em Portugal mais três capalas identicas que são em Campo Maior,Monforte e Faro.
Poema sobre as caveiras
As caveiras descarnadas
São a minha companhia,
Trago-as de noite e de dia
Na memória retratadas
Muitas foram respeitadas
No mundo por seus talentos,
E outros vãos ornamentos,
Que serviram à vaidade,
E talvez...na eternidade
Sejam causa de seus tormentos.
Poema sobre a existência
Aonde vais, caminhante, acelerado?
Poema sobre a existência
Aonde vais, caminhante, acelerado?
Pára...não prossigas mais avante;
Negócio, não tens mais importante,
Do que este, à tua vista apresentado.
Recorda quantos desta vida tem passado,
Recorda quantos desta vida tem passado,
Reflecte em que terás fim semelhante,
Que para meditar causa é bastante
Terem todos mais nisto parado.
Pondera, que influído d'essa sorte,
Pondera, que influído d'essa sorte,
Entre negociações do mundo tantas,
Tão pouco consideras na morte;
Porém, se os olhos aqui levantas,
Porém, se os olhos aqui levantas,
Pára...porque em negócio deste porte,
Quanto mais tu parares, mais adiantas.
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